A Ansiedade não se manifesta apenas como preocupação ou tensão emocional. Seus efeitos podem ser sentidos em várias funções do corpo, interferindo no dia a dia de forma silenciosa, mas profunda.
Muitas vezes, os primeiros sintomas aparecem justamente em áreas como o sono, a alimentação e a capacidade de se concentrar.
Neste artigo, explicamos como a ansiedade impacta essas funções vitais, o que diferencia essas manifestações de outras condições e como o tratamento adequado pode ajudar a restabelecer o equilíbrio físico e mental. Continue a leitura para saber mais!
Como a ansiedade afeta a concentração?
Dificuldades de concentração são um dos sintomas cognitivos mais comuns da “Ansiedade“.
Quando o cérebro está em estado constante de alerta, voltado para a antecipação de ameaças ou preocupações, sobra pouco espaço para focar em tarefas do cotidiano, mesmo aquelas simples ou rotineiras.
Isso ocorre por uma sobrecarga nas áreas cerebrais envolvidas na atenção seletiva e no controle executivo.
A pessoa com ansiedade tende a:
- Perder o foco com facilidade diante de pequenos estímulos;
- Demorar mais para iniciar ou concluir atividades;
- Ter dificuldade de reter novas informações;
- Sentir que “está com a cabeça em outro lugar” constantemente;
- Cometer erros por distração, mesmo em tarefas que domina.
Esses sintomas muitas vezes são confundidos com TDAH ou desatenção por cansaço, mas o componente ansioso se revela na tensão contínua, na autocrítica e na sensação de que há sempre algo pendente ou fora de controle.
Em quadros mais intensos, a ansiedade pode até bloquear a capacidade de raciocínio lógico ou tomada de decisão.
Como a ansiedade interfere no sono?
A relação entre ansiedade e sono é complexa e bidirecional. Quem está ansioso dorme mal, e dormir mal aumenta a ansiedade.
A insônia é uma das queixas mais frequentes em pacientes com transtornos de ansiedade, e pode se apresentar de diferentes formas, como:
- Dificuldade para adormecer, com pensamentos acelerados e ruminativos;
- Despertares frequentes durante a noite, com sensação de alerta;
- Sono superficial, não restaurador, mesmo após horas de repouso;
- Acordar muito cedo, com sensação de angústia ao despertar.
O sistema nervoso autônomo, responsável por regular o estado de vigília e sono, fica hiperativado nos estados ansiosos, dificultando o desligamento mental necessário para o início do sono profundo.
Além disso, preocupações recorrentes invadem a mente no momento de descanso, tornando o sono mais fragmentado e menos eficiente.
A consequência é um ciclo prejudicial: o cansaço diurno alimenta ainda mais a preocupação, reduz o limiar de tolerância ao estresse e compromete outras áreas, como o humor e o desempenho profissional.
Como a ansiedade altera o apetite?
Os efeitos da ansiedade sobre o apetite podem variar de pessoa para pessoa, mas dificilmente passam despercebidos.
O sistema gastrointestinal é altamente sensível às alterações emocionais, e o estresse contínuo pode desencadear respostas tanto de supressão quanto de aumento exagerado do apetite.
As alterações mais comuns incluem:
- Perda de apetite, com sensação de estômago embrulhado ou náusea constante;
- Refeições apressadas ou esquecidas, por falta de atenção ao próprio corpo;
- Vontade de comer doces e carboidratos como forma de aliviar a tensão;
- Compulsões alimentares em episódios de ansiedade intensa;
- Sintomas gastrointestinais como refluxo, diarreia ou constipação relacionados ao estado emocional.
A ansiedade ativa o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA), promovendo liberação de cortisol, o que influencia diretamente o comportamento alimentar.
Além disso, há um componente comportamental: muitas pessoas usam a comida como válvula de escape para angústias, o que pode gerar culpa e reforçar ainda mais o ciclo da ansiedade.
O que pode ser feito quando a ansiedade interfere nessas funções?
Quando a ansiedade começa a comprometer funções como concentração, sono e apetite, é hora de procurar apoio profissional.
Esses sinais indicam que o transtorno está ultrapassando o limite do tolerável e precisa ser abordado com seriedade, por meio de um plano terapêutico individualizado.
O tratamento pode envolver, por exemplo:
- Psicoterapia, como a Terapia Cognitivo-Comportamental, que ajuda a identificar e modificar padrões de pensamento ansioso;
- Medicação, quando os sintomas são persistentes ou interferem significativamente no funcionamento diário;
- Técnicas de relaxamento e regulação emocional, como mindfulness, respiração diafragmática e exercícios físicos;
- Avaliação de comorbidades, como depressão ou distúrbios do sono, que podem coexistir e agravar o quadro.
Na clínica Genuine, esses sintomas são abordados com cuidado e precisão, unindo acolhimento e rigor científico.
Quando necessário, recursos como a neuromodulação ou infusão de cetamina podem ser indicados para quadros resistentes, sempre de forma personalizada e com acompanhamento próximo.
É importante ter atenção ao nosso corpo e buscar ajuda diante de impactos em funções como o apetite, no sono e na concentração. A ansiedade pode ser gerenciada com os cuidados adequados para cada caso!
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