Conviver com dores constantes, fadiga e dificuldade de concentração pode ser extremamente desgastante, principalmente quando os exames clínicos parecem normais. Esse é o cenário enfrentado por muitas pessoas com Fibromialgia, uma condição ainda cercada de dúvidas.
Neste artigo, vamos explicar a fibromialgia, explicando por que o quadro é complexo, como ele afeta a qualidade de vida e quais são as possibilidades atuais de tratamento com base na medicina moderna!
O que caracteriza a fibromialgia?
A “Fibromialgia” é uma síndrome caracterizada por dor crônica difusa no corpo, associada a outros sintomas como fadiga intensa, distúrbios do sono e alterações cognitivas.
A dor é geralmente descrita como persistente, profunda e de difícil localização, afetando músculos e tecidos moles sem sinais de inflamação ou lesão visível.
Além da dor, muitos pacientes com fibromialgia relatam:
- Sono não reparador, com sensação de cansaço mesmo após horas de descanso;
- Dificuldade de concentração e lapsos de memória (“fibro fog”);
- Sensibilidade aumentada ao toque, ruídos ou variações de temperatura;
- Sintomas ansiosos ou depressivos associados;
- Síndromes sobrepostas, como síndrome do intestino irritável ou dor de cabeça crônica.
O diagnóstico é clínico, baseado nos sintomas e na exclusão de outras doenças, o que muitas vezes leva a um longo período de investigação até o reconhecimento do quadro.
Por não apresentar alterações em exames laboratoriais ou de imagem, a fibromialgia já foi, por muito tempo, subestimada — o que hoje não é mais aceitável à luz das evidências científicas.
A fibromialgia tem cura?
A fibromialgia é uma condição crônica, ou seja, de longa duração e que requer controle contínuo.
No entanto, a ausência de cura não significa ausência de solução.
Com o tratamento adequado e individualizado, é possível alcançar um controle significativa e satisfatório dos sintomas e, em muitos casos, recuperar a funcionalidade e a qualidade de vida.
A fibromialgia precisa ser encarada como um quadro de origem multifatorial, com componentes neurológicos, psicológicos e comportamentais.
Isso significa que a dor não vem de um dano físico, mas de uma desregulação na forma como o cérebro processa os sinais de dor.
Por isso, tratamentos que visam apenas o alívio pontual da dor, sem considerar o contexto global do paciente, tendem a ser insuficientes.
Quais são os tratamentos mais eficazes para fibromialgia?
O tratamento da fibromialgia envolve múltiplas estratégias, que devem ser combinadas conforme o perfil e a resposta do paciente.
Nenhuma abordagem isolada costuma ser suficiente. A chave está na construção de um plano terapêutico combinado, com foco na personalização.
Entre as principais abordagens estão:
- Medicamentos moduladores da dor, como antidepressivos tricíclicos, inibidores de recaptação de serotonina e noradrenalina ou anticonvulsivantes;
- Psicoterapia, como a Terapia Cognitivo-Comportamental, que ajuda a modificar a relação do paciente com a dor, a ansiedade e o padrão de pensamento negativo;
- Atividade física regular, com exercícios de baixo impacto como caminhadas, alongamentos, pilates ou hidroginástica;
- Cuidados com o sono, com rotinas que favoreçam o descanso noturno e a redução da fadiga;
- Técnicas de relaxamento e manejo do estresse, como meditação, mindfulness e respiração diafragmática;
- Neuromodulação, em alguns casos selecionados, pode ser considerada como recurso complementar para regulação do sistema nervoso.
A clínica Genuine valoriza esse olhar integral, associando o acolhimento emocional ao uso de técnicas avançadas para promover melhora real na vida dos pacientes com quadros crônicos, como a fibromialgia. A meta é o alívio duradouro e a retomada do bem-estar.
O que esperar do acompanhamento com profissionais de saúde?
O acompanhamento contínuo com profissionais qualificados é muito importante para ajustar o tratamento ao longo do tempo, reconhecer fatores que agravam os sintomas e reforçar o vínculo terapêutico.
A escuta ativa, o respeito à dor do paciente e o apoio à autonomia são pilares fundamentais.
Pacientes com fibromialgia tendem a ter trajetórias complexas até o diagnóstico e, muitas vezes, chegam aos consultórios com histórico de frustração.
Por isso, o vínculo com o psiquiatra, o psicólogo e outros profissionais da saúde, deve ser baseado na confiança e no compromisso com uma melhora real — mesmo que lenta e progressiva.
É possível aprender a viver com fibromialgia sem se deixar definir por ela. O primeiro passo é buscar apoio com quem reconhece a condição com seriedade, respeita a subjetividade do paciente e atua com base em evidências.
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Responsável Técnico
Médica Psiquiatra
Giuliana Cláudia Cividanes
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