A ansiedade relaciona-se a sentimentos de preocupação, nervosismo e medo intensos. Apesar de ser uma reação natural do corpo, pode evoluir para um transtorno. Fatores como traumas, problemas na infância, predisposição genética, sexo feminino e doenças crônicas podem facilitar seu surgimento. Os sintomas variam entre psíquicos, como dificuldade de concentração, medo extremo, irritabilidade e físicos, como tremores e inquietação.
Cientificamente, a ansiedade está associada a um desequilíbrio em neurotransmissores como serotonina, noradrenalina e ácido gama-aminobutírico (GABA). Além disso, ocorrem alterações em estruturas cerebrais envolvidas na resposta ao estresse e no controle das emoções, como a amígdala, hipocampo, córtex pré-frontal e locus coeruleus.
É importante diferenciar a ansiedade normal e saudável das formas patológicas, como o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), que é caracterizado por preocupações persistentes e excessivas que são difíceis de controlar e afetam significativamente as atividades diárias. Outros transtornos comuns incluem o transtorno de pânico, transtornos fóbicos e transtorno de ansiedade social.
Compreender a distinção entre medo e ansiedade é fundamental para o diagnóstico adequado.O medo é uma reação emocional a uma ameaça imediata, real ou percebida, resultando em uma resposta direta e intensa. Em contraste, a ansiedade é caracterizada pela antecipação de uma ameaça futura, levando frequentemente a um estado prolongado de preocupação e vigilância. Embora seja normal sentir-se ansioso ocasionalmente, a ansiedade pode se tornar um problema quando é intensa, prolongada e interfere no dia a dia. Aqui estão os principais sintomas da ansiedade, divididos em categorias para facilitar a compreensão:
Entendendo os Sintomas da Ansiedade:
Os sintomas da ansiedade podem ser amplamente divididos em três categorias principais: físicos, cognitivos e comportamentais. Cada categoria abrange diferentes maneiras pelas quais a ansiedade pode afetar uma pessoa.
Sintomas Físicos:
Sintomas Cognitivos:
Sintomas Comportamentais:
Transtorno de pânico: ataques súbitos de medo ou ansiedade (geralmente breves, mas que podem ser tão severos que a pessoa pensa que pode desmaiar ou morrer), preocupação com a recorrência dos ataques e evitação de situações nas quais eles possam ocorrer.
Transtorno de ansiedade social (TAS): medo e evitação de situações em que a pessoa acha que pode ser o centro das atenções, preocupação em fazer ou dizer algo embaraçoso, e receio de que outros percebam a ansiedade e sejam críticos.
Transtorno de ansiedade generalizada (TAG): meses de preocupação excessiva com coisas do dia a dia, evitando ou buscando tranquilização sobre situações cujo resultado é incerto, e excessiva preocupação com coisas que poderiam dar errado.
Fobia específica: medo intenso e irracional de objetos ou situações específicas, como aranhas ou altura. A exposição ao estímulo temido desencadeia uma resposta de ansiedade aguda, com sintomas como palpitações e suor excessivo. Apesar de muitas vezes reconhecerem que o medo é irracional, os indivíduos se sentem incapazes de controlar sua ansiedade, levando a comportamentos de evitação que podem restringir significativamente suas atividades e qualidade de vida.
Muitas pessoas usam o termo ‘sentir-se depressivo’ para descrever estados emocionais temporários de tristeza, mas é importante entender que essa expressão pode minimizar a seriedade da depressão, que é um transtorno mental. A tristeza é uma emoção natural que geralmente tem uma causa clara, como a perda de um ente querido ou de um emprego, e é uma resposta normal a eventos dolorosos. Embora seja passageira, se a tristeza se prolonga por semanas, isso pode ser um sinal de alerta de que algo mais sério está ocorrendo. Mas, afinal, o que exatamente é esse transtorno e como é feito o seu diagnóstico?
A depressão é um transtorno mental caracterizado não apenas por sentimentos de tristeza persistentes, mas por uma gama complexa de sintomas afetivos, cognitivos e neurovegetativos, que podem afetar profundamente a qualidade de vida de uma pessoa.
Afetivos:
Os sintomas afetivos são talvez os mais reconhecidos na depressão, manifestando-se principalmente através de emoções e sentimentos intensos e persistentes:
Cognitivos:
Os sintomas cognitivos refletem as dificuldades na função do pensamento e processamento. Problemas de concentração, dificuldade em tomar decisões e falhas de memória são comuns. Pensamentos negativos e críticos sobre si mesmo, o mundo e o futuro são frequentes, muitas vezes levando a um ciclo de pessimismo que é difícil de quebrar. Além disso, ideias sobre morte, suicídio e até tentativas de suicídio podem surgir, representando sintomas graves que demandam atenção imediata e intervenção profissional.
Neurovegetativos:
Os sintomas neurovegetativos da depressão afetam as funções corporais básicas que geralmente não são controladas conscientemente. Isso inclui alterações no padrão de sono (insônia ou hipersonia), mudanças no apetite ou peso (perda ou ganho significativo), e níveis de energia diminuídos, resultando em fadiga persistente. Estes sintomas têm um impacto direto sobre a capacidade física e a qualidade de vida do indivíduo.
Esses sintomas devem persistir por pelo menos duas semanas e representar uma mudança significativa em relação ao funcionamento anterior da pessoa para serem considerados indicativos de depressão. Além disso, é necessário excluir condições clínicas que possam produzir sintomatologia depressiva, como alterações hormonais, distúrbios metabólicos, problemas hepáticos, doenças neurológicas ou efeitos colaterais de medicamentos.
Causas
Não há uma única causa para a depressão. Ela pode resultar de uma combinação de fatores biológicos, comportamentais, psicológicos e ambientais.
Tratamento
Felizmente, a depressão é altamente tratável. Os tratamentos podem incluir:
Anteriormente conhecido como psicose maníaco-depressiva, o Transtorno Afetivo Bipolar envolve episódios de humor que incluem mania ou hipomania e depressão. Durante um episódio maníaco, uma pessoa pode sentir uma energia excessivamente elevada, irritabilidade ou euforia, envolver-se em mais atividades, enquanto episódios depressivos podem trazer redução de energia, sentimentos de tristeza, desesperança ou desinteresse pela vida.
Existem vários tipos de Transtorno Bipolar, cada um com suas características específicas:
Ciclotimia: Uma forma mais leve de Transtorno Bipolar, envolvendo sintomas hipomaníacos e depressivos durante pelo menos dois anos, mas sem atender aos requisitos completos para hipomania e depressão.
Mania e hipomania são termos que descrevem episódios distintos comumente associados ao Transtorno Bipolar, mas têm características e impactos diferenciados na vida de quem os experiencia. A mania é a forma mais intensa desses estados, onde ocorre uma perda significativa do autocontrole e é marcada por um período prolongado (geralmente uma semana ou mais) de humor elevado ou irritado, acompanhado de aumento de energia direcionado a atividades, inquietação, fala rápida ou em grande quantidade, pensamentos acelerados, em grande quantidade, além de aumento de impulsividade que pode levar a comportamentos de risco. São graves o suficiente para causar prejuízo significativo na vida diária e podem requerer hospitalização para prevenir danos a si mesmo ou aos outros.
Em contraste, a hipomania inclui sintomas similares aos da mania, mas menos intensos e não causam o mesmo nível de prejuízo no funcionamento social ou profissional. Ocorre apenas uma perda parcial do autocontrole. Os episódios de hipomania podem até ser percebidos como períodos de alta produtividade e geralmente duram quatro dias ou mais. Embora os episódios hipomaníacos não interfiram significativamente nas obrigações cotidianas e não incluam características psicóticas, podem evoluir para mania completa ou ser seguidos por um episódio depressivo, destacando a necessidade de monitoramento e tratamento adequados.
Quando Começa a Doença?
A idade média de início do Transtorno Bipolar é de 20 anos, mas também pode se manifestar na infância e adolescência. É importante notar que episódios depressivos ocorridos nesses estágios iniciais da vida têm uma alta probabilidade de evoluir para transtorno bipolar.
Causas e Fatores de Risco
As causas do Transtorno Bipolar são multifatoriais, envolvendo uma combinação de genética (70-80%), ambiente e alterações na estrutura e função cerebral. Pessoas com um parente de primeiro grau com Transtorno Bipolar têm uma probabilidade de 22-23 % de desenvolver a doença. Em pessoas predispostas, eventos de vida estressantes podem desencadear um episódio, assim como mudanças nas rotinas ou privação do sono.
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico correto do Transtorno Bipolar pode levar entre 10 a 18 anos após o primeiro episódio da doença, com muitos casos inicialmente diagnosticados de forma equivocada como Depressão (60%), Ansiedade (26%) ou Transtorno de Personalidade Borderline (18%). Este atraso destaca a complexidade do transtorno e ressalta a importância de uma avaliação detalhada e diagnóstico preciso. Dessa forma, entender corretamente a natureza do transtorno não apenas acelera a intervenção adequada mas também evita tratamentos que podem piorar essa condição, como o uso de antidepressivos em monoterapia.
O diagnóstico do Transtorno Bipolar é essencialmente clínico e baseia-se numa avaliação detalhada dos sintomas, história de vida, histórico médico e, por vezes, testemunhos de familiares ou amigos próximos. Além disso, são solicitados exames complementares para excluir doenças ou condições clínicas que podem mimetizar os sintomas.
O tratamento é abrangente, envolvendo uma combinação de medicamentos, psicoterapia e adoção de hábitos de vida saudáveis. Os medicamentos mais comuns incluem estabilizadores de humor, como o lítio e anticonvulsivantes, além de antipsicóticos.
A psicoterapia, como a terapia cognitivo-comportamental, terapia interpessoal, são empregadas para ajudar os pacientes a gerenciar seus sintomas, melhorar as habilidades de comunicação e aumentar a compreensão de seus padrões de comportamento. O acompanhamento regular e o envolvimento e apoio de familiares são essenciais para adaptar o tratamento às necessidades individuais e para prevenir recaídas.
A esquizofrenia é comumente caracterizada pelos seus sintomas mais evidentes, chamados sintomas psicóticos, como alucinações — por exemplo, ouvir vozes — e delírios, que são convicções falsas mantidas com uma certeza inabalável, mesmo diante de evidências contrárias, e muitas vezes de natureza impossível. No entanto, o transtorno vai além desses sintomas, impactando profundamente a capacidade do indivíduo de pensar com clareza, gerenciar emoções, tomar decisões e se relacionar com os outros.
Emil Kraepelin foi o primeiro a distinguir a esquizofrenia como um transtorno mental específico no final do século 19, descrevendo-a como “demência precoce” devido ao seu início em jovens e progressão contínua. Apesar dessa identificação inicial, só com os avanços recentes em neurociência — incluindo melhorias nas tecnologias de imagem cerebral e avanços em genética — é que começamos a compreender verdadeiramente as complexidades neurobiológicas do transtorno. Pesquisas recentes revelaram anormalidades em estruturas cerebrais, desequilíbrios em neurotransmissores como a dopamina e o glutamato, além de alterações funcionais no cérebro. Essas descobertas são fundamentais para uma compreensão mais profunda e um tratamento mais eficaz do transtorno.
A esquizofrenia se manifesta em uma variedade de sintomas que são categorizados como positivos, negativos e cognitivos:
O diagnóstico é realizado através de uma avaliação clínica detalhada, que inclui a observação de comportamentos e a entrevista tanto com o paciente quanto com a família. O psiquiatra também precisa descartar outras causas médicas ou uso de substâncias que podem mimetizar os sintomas.
Tratamento
O tratamento da esquizofrenia envolve uma abordagem integrada que combina medicamentos antipsicóticos para controlar sintomas psicóticos com terapias psicossociais — incluindo cognitivo-comportamental, psicoeducação, terapia familiar e de grupo — que são essenciais para melhorar o funcionamento emocional e social do paciente, além de fornecer estratégias de enfrentamento para os desafios da doença. A adoção de um estilo de vida saudável, envolvendo a prática de atividade física regular e alimentação balanceada, complementam essas terapias.
Conclusão
Se você ou alguém que conhece está enfrentando sintomas que podem sugerir esquizofrenia, não hesite em buscar ajuda. Na Genuine Mental Health, estamos comprometidos em fornecer o suporte e os recursos necessários para entender e tratar quem sofre dessa condição. Entre em contato conosco para aprender mais sobre as opções de tratamento e iniciar o caminho para uma melhor qualidade de vida.
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é frequentemente percebido como uma condição que afeta apenas crianças, mas muitos adultos também convivem com este transtorno. Estima-se que cerca de 2,5% dos adultos em todo o mundo têm TDAH, o que impacta significativamente sua capacidade de funcionar tanto a nível pessoal quanto profissional.
TDAH em Adultos: Mais do que Desatenção
Ao contrário da crença popular, o TDAH em adultos vai além da simples dificuldade de manter o foco. Engloba uma gama complexa de sintomas comportamentais e emocionais, incluindo desorganização, problemas de gestão do tempo, impulsividade, e dificuldade em manter relacionamentos pessoais e profissionais. Essas dificuldades podem levar a sentimentos persistentes de frustração, baixa autoestima e, em alguns casos, Depressão.
Quadro clínico
O diagnóstico de TDAH em adultos é complexo, visto que os sintomas se sobrepõem a várias outras condições psiquiátricas, como Ansiedade e Transtornos de Humor. Os sintomas mais comuns incluem:
Causas
As causas do TDAH em adultos são multifatoriais, envolvendo tanto genética quanto influências ambientais, como exposição a toxinas, traumas e complicações na gravidez e parto. Pesquisas indicam um forte componente hereditário (herdabilidade de 72%), com muitos adultos com TDAH tendo familiares de primeiro grau que também apresentam o transtorno.
Tratamento
O tratamento do TDAH em adultos geralmente inclui uma combinação de medicação, psicoterapia e modificações no estilo de vida. Medicamentos psicoestimulantes são frequentemente prescritos e têm se mostrado eficazes em melhorar a atenção e reduzir a impulsividade e hiperatividade. Terapias comportamentais ajudam no desenvolvimento de habilidades de gestão do tempo, organização e técnicas de relaxamento. Além disso, mudanças de estilo de vida como uma dieta balanceada, exercício físico regular e técnicas de mindfulness podem complementar o tratamento.
Por que é Importante Falar Sobre TDAH em Adultos?
Discutir abertamente o TDAH em adultos é essencial para quebrar o estigma e promover um entendimento mais amplo deste transtorno. Muitos passam a vida sem diagnóstico ou tratamento adequado, o que pode levar a prejuízos significativos. A conscientização aumenta a probabilidade de diagnósticos corretos e apoio efetivo, permitindo que tenham uma vida normal.
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